Há sofredores inveterados que outra coisa não demandam além do sofrimento, pessimistas que se enclausuram em nuvens negras, atendendo a propósito deliberado, durante séculos. Suprem a mente de torturas contínuas e não pretendem construir senão a piedade alheia, sob a qual se comprazem. Temos os ironistas e caçadores de gargalhadas que apenas solicitam motivos para o sarcasmo de que se alimentam.
Observamos os discutidores que devoram páginas respeitáveis, com o único objetivo de recolher contradições para sustentarem polêmicas infindáveis.
Reparamos os temperamentos enfermiços que sorvem tóxicos intelectuais, através de livros menos dignos, com a incompreensível alegria de quem traga envenenado licor. Nos variados climas do mundo, há quem se nutra de tristeza, de insulamento, de prazer barato, de revolta, de conflitos, de cálculos, de aflições, de mentiras...
O discípulo de Jesus, porém — aquele homem que já se entediou das substâncias deterioradas da experiência transitória —, pede a luz da sabedoria, a fim de aprender a semear o amor em companhia do Mestre... Para os companheiros que esperam a vida renovada em Cristo, famintos de claridade eterna, foram escritas as páginas deste livro despretensioso.
Dentro dele não há palavras de revelação sibilina. Traduz, simplesmente, um esforço para que nos integremos no Evangelho, celeiro divino do nosso pão de imortalidade. Não é exortação, nem profecia. É apenas convite. Convite ao trabalho santificante, planificado no Código do Amor Divino. Se a candeia ilumina, queimando o próprio óleo, se a lâmpada resplende, consumindo a energia que a usina lhe fornece, ofereçamos a instrumentalidade de nossa vida aos imperativos da perfeição, para que o ensinamento do Senhor se revele, por nosso intermédio, aclarando a senda de nossos semelhantes.
O Evangelho é o Sol da Imortalidade que o Espiritismo reflete, com sabedoria, para a atualidade do mundo. Brilhe vossa luz! — proclamou o Mestre. Procuremos brilhar! — repetimos nós.
Emmanuel Pedro Leopoldo, 25 de novembro de 1951.
Esse texto é uma reflexão profunda sobre as escolhas que fazemos ao longo da vida e o tipo de alimento espiritual que buscamos. Emmanuel, o autor, nos convida a refletir sobre como cada ser humano, dependendo de sua evolução espiritual, busca algo diferente para alimentar sua alma.
Ele começa dizendo que, assim como a abelha busca o néctar da flor e o abutre busca a carniça, as pessoas também buscam diferentes tipos de "alimento espiritual", ou seja, o que elas consomem emocionalmente e mentalmente. Mas, ao longo da vida, algumas pessoas acabam se acostumando com certos tipos de sofrimento, tristeza ou até mesmo emoções negativas. Eles se alimentam disso e, muitas vezes, não querem sair desse estado, pois encontram uma forma de satisfação, por mais dolorosa que seja.
Há também os que buscam rir de tudo e se alimentam do sarcasmo e da ironia. Alguns vivem discutindo, procurando falhas para sustentar polêmicas, enquanto outros buscam prazer barato ou são atraídos por ideias e pensamentos tóxicos.
Porém, o discípulo de Jesus, aquele que já se cansou dessas substâncias destrutivas, busca algo diferente: ele pede luz e sabedoria. Ele quer aprender a semear o amor e a viver de acordo com os ensinamentos de Cristo.
O texto é um convite para buscarmos a verdadeira luz do Evangelho, para que possamos nos renovar e ajudar outros na caminhada espiritual. Emmanuel nos lembra que, assim como uma lâmpada brilha ao consumir a energia que a alimenta, nós devemos viver de maneira que nossa luz interna brilhe, iluminando os outros ao nosso redor. O Evangelho é a luz divina, e o Espiritismo reflete essa luz de maneira prática no nosso dia a dia.
Em resumo, o texto nos convida a escolhermos o alimento espiritual certo, a buscar sabedoria e amor, e a permitir que nossa luz brilhe para o bem de todos.
VINHA DE LUZ (pelo Espírito Emmanuel )
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