Os agêneres são Espíritos que conseguem se tornar visíveis e tangíveis, apresentando-se como se fossem pessoas comuns. Allan Kardec abordou esse fenômeno na Revista Espírita de 1859 e no livro A Gênese, explicando que o termo "agênere" significa "não gerado", pois esses seres não passam pelo processo natural de nascimento e morte como os encarnados.
Características dos Agêneres
- Aparência Humana: Um Espírito pode condensar seu perispírito para se tornar temporariamente tangível, sendo indistinguível de uma pessoa comum.
- Interação Social: Eles podem falar, andar e interagir normalmente, mas desaparecem de repente sem deixar vestígios.
- Raridade do Fenômeno: Segundo Kardec, casos de agêneres são extremamente raros e de curta duração.
- Exemplos Históricos: Há relatos documentados na Revista Espírita, como o "Fantasma de Bayonne", um jovem falecido que reapareceu tangível para sua família.
Como Ocorre o Fenômeno?
Para que um Espírito se manifeste como um agênere, é necessária:
- Sua vontade de se tornar tangível;
- Uma combinação de fluidos com os encarnados;
- A permissão espiritual para a aparição;
- Outras condições que ainda são pouco conhecidas.
Casos e Evidências
Na Revista Espírita, há relatos de pessoas que encontraram supostos agêneres. Um caso famoso ocorreu em Paris, quando uma mulher recebeu ajuda de um homem que, mais tarde, foi identificado como o filho falecido da patroa para quem ela foi trabalhar (Os Agêneres – Revista Espírita 1859 - A Vida no Mundo Espiritual) erência ao fenômeno está no livro A Gênese, onde Kardec explica que um agênere pode ser identificado por certas características, como um olhar brilhante e vaporoso, além de uma linguagem curta e sentenciosa.
Revista Espírita 1859 » Fevereiro » Os agêneres) Reflexões sobre o Fenômeno
Embora fascinante, o fenômeno dos agêneres é pouco estudado e muitas vezes mal compreendido. Espíritos elevados podem se manifestar dessa forma para cumprir missões específicas, mas sem a intenção de permanecerem no plano material. A literatura espírita recomenda que esses casos sejam analisados com cautela e sempre à luz da razão.
Se deseja aprofunda (Agêneres – o que diz a Doutrina Espírita? | CEFE) recomendo ler os capítulos pertinentes de A Gênese e as edições da Revista Espírita de 1859.
Por que os Agêneres -Não Passam pelo Processo Natural de Nascimento e Morte?
No Espiritismo, o fenômeno dos agêneres é classificado como um caso extraordinário de materialização espiritual. Diferente dos encarnados, eles não nascem nem morrem no plano físico, pois sua presença corpórea não resulta de um processo biológico. Isso acontece porque:
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Eles não possuem um corpo físico permanente:
- Os encarnados passam pela concepção, desenvolvimento fetal, nascimento, crescimento e morte do corpo físico.
- Os agêneres, por outro lado, surgem diretamente no plano material pela condensação fluídica de seu perispírito, sem passar por nenhuma dessas fases.
- Os encarnados passam pela concepção, desenvolvimento fetal, nascimento, crescimento e morte do corpo físico.
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A estrutura corporal dos agêneres não é orgânica:
- O corpo de um encarnado é composto de matéria densa, sujeito às leis biológicas, como metabolismo, envelhecimento e doenças.
- Os agêneres formam uma estrutura temporária, constituída de fluidos espirituais, sem órgãos internos ou funções fisiológicas, podendo desaparecer instantaneamente.
- O corpo de um encarnado é composto de matéria densa, sujeito às leis biológicas, como metabolismo, envelhecimento e doenças.
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Eles aparecem por permissão espiritual e condições específicas:
- Para que um Espírito se manifeste como um agênere, ele precisa combinar seus fluidos com os do ambiente e dos encarnados ao redor.
- Essa materialização só ocorre com autorização dos planos superiores e é sempre transitória.
- Para que um Espírito se manifeste como um agênere, ele precisa combinar seus fluidos com os do ambiente e dos encarnados ao redor.
Explicação de Allan Kardec sobre os Agêneres
Em A Gênese, capítulo XIV, item 36, Kardec explica que os agêneres podem interagir com o ambiente, mas possuem uma natureza híbrida entre o mundo físico e o espiritual. Ele destaca que:
“O agênere propriamente dito não revela sua natureza e aos nossos olhos não passa de um homem comum.”
Além disso, na Revista Espírita de fevereiro de 1859, ele menciona que esses seres podem ser confundidos com pessoas comuns, mas sempre apresentam algo de insólito e diferente, como um olhar vaporoso ou uma linguagem peculiar (Agêneres – o que diz a Doutrina Espírita? | CEFE)
Diferença entre Agêneres e Espíritos Materializados*
Embora ambos sejam manifestações físicas de Espíritos, há uma diferença essencial:
- Espíritos materializados: Aparecem em sessões mediúnicas através de médiuns de efeitos físicos, geralmente em ambientes controlados. Sua materialização é parcial e muitas vezes incompleta.
- Agêneres: Surgem espontaneamente no ambiente físico, assumindo uma aparência humana completa, podendo interagir por períodos mais longos e sem a necessidade de um médium específico.
Casos Relatados de Agêneres
Kardec e outros pesquisadores relataram casos históricos de possíveis agêneres:
- O Fantasma de Bayonne (Revista Espírita, 1859): Um jovem apareceu para sua família após a morte, conversando e interagindo fisicamente, antes de desaparecer repentinamente.
- Casos de bilocação: Algumas histórias de santos e líderes espirituais bilocando-se podem ser interpretadas como fenômenos semelhantes.
- O Caso do Padre Pio: Relatos afirmam que São Pio de Pietrelcina foi visto em lugares diferentes ao mesmo tempo, o que poderia ser explicado por uma aparição agênere.
Reflexão sobre os Agêneres e a Evolução Espiritual
A Doutrina Espírita ensina que os Espíritos podem manipular fluidos para diferentes formas de manifestação. O fenômeno dos agêneres mostra que algumas entidades avançadas dominam esse processo a ponto de se tornarem visíveis e palpáveis por certo tempo.
Ainda há muito a ser compreendido sobre esse fenômeno, mas os estudos de Kardec indicam que essas aparições sempre têm um propósito educativo ou missionário, jamais ocorrendo de forma casual ou permanente.
💬 (Agêneres – o que diz a Doutrina Espírita? | CEFE)
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