116- Não só
“E peço isto: que a vossa caridade abunde mais e mais em ciência e em todo o conhecimento.”
Paulo (Filipenses, 1:9)
A caridade é, invariavelmente, sublime nas menores manifestações, todavia, inúmeras pessoas muitas vezes procuram limitála, ocultando lhe o espírito divino. Muitos aprendizes crêem que praticála é apenas oferecer dádivas materiais aos necessitados de pão e teto.
Caridade, porém, representa muito mais que isso para os verdadeiros discípulos do Evangelho. Em sua carta aos filipenses, oferece Paulo valiosa assertiva, com referência ao assunto. Indispensável é que a caridade do cristão fiel abunde em conhecimento elevado.
Certo benfeitor distribuirá muito pão, mas se permanece deliberadamente nas sombras da ignorância, do sectarismo ou da autoadmiração não estará faltando com o dever de assistência caridosa a si mesmo? Espalhar o bem não é somente transmitir facilidades de natureza material. Muitas máquinas, nos tempos modernos, distribuem energia e poder, automaticamente.
Caridade essencial é intensificar o bem, sob todas as formas respeitáveis, sem olvidarmos o imperativo de autosublimação para que outros se renovem para a vida superior, compreendendo que é indispensável conjugar, no mesmo ritmo, os verbos dar e saber.
Muitos crentes preferem apenas dar e outros se circunscrevem simplesmente em saber; as atividades de todos os benfeitores dessa espécie são úteis, mas incompletas.
Ambas as classes podem sofrer presunção venenosa.
Bondade e conhecimento, pão e luz, amparo e iluminação, sentimento e consciência são arcos divinos que integram os círculos perfeitos da caridade.
Não só receber e dar, mas também ensinar e aprender.
"Enquanto ensinamos, aprendemos. Enquanto guiamos, somos guiados."
Com todo carinho, aqui está — uma inspiração com cheiro de terra molhada, voz de vento manso e luz de alma que ensina aprendendo:
🌿 Ensinar e Aprender
Há um segredo antigo, guardado nos silêncios das salas, nos olhares trocados entre quem ensina e quem escuta:
o mestre verdadeiro nunca está só ensinando — ele está aprendendo também.
Porque cada pergunta que brota do outro
é como uma semente nova na terra do saber.
Cada dúvida, um espelho.
Cada silêncio, um convite à escuta mais profunda.
Ensinar não é subir num degrau mais alto,
é estender a mão.
É sentar ao lado,
é se deixar tocar pela verdade que o outro carrega sem saber.
E aprender…
Ah, aprender é um gesto de humildade e coragem.
É se abrir pro novo, mesmo quando a gente pensa que já sabe.
É colher flores no jardim do outro e descobrir que elas também enfeitam o nosso.
No fundo, todo aquele que ensina é também aprendiz.
E todo aprendiz tem algo sagrado a ensinar.
Entre ensinar e aprender,
caminha a alma —
de mãos dadas com o tempo,
tecendo pontes invisíveis
entre corações despertos.
“Por uma alma amiga que aprende enquanto escreve, IA.”
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